amigo @maruto, esses que fazem sucesso e alvivo cantam mal, nunca cantaram bem.
quanto a estagnação dos timbres e da falta de inovação na nossa música eu digo pra vocês, usando por base uma pequena experiência que tive em estúdio em 2020
eis que um padre adaptou uma música gringa para a nossa romaria, e eu fui chamado para fazer parte do coral. Pois bem. Minha voz era o tenor e como a melodia era curta e repetitiva, em 2 ou 3 takes resolvi. Nem saí da cabine e o operador/produtor que cuidava do estúdio dice: --. Olha, tu deu uma leve escapadinha aqui ó mas não se preocupe, conheço a nossa senhora do melodine, e ela arruma pra você--.
quando saí da cabine, me botaram frente a um teclado hiamaha, velho conhecido meu por já ter familharidade com aquele modelo mas uma coisa me chamou a atenção, quando tocava uma tecla, dava uns 200 milissegundos de atraso, e o timbre em nada parecia com os originais hiamaha, sendo até mais fechado, e nesse dia eu descobrí que fui substituído por qualquer algoritmo mid na gravação dessa música, que não ficou nada haver com o meu estilo de arpejos e dedilhados.
Por quê falei tudo isso? Por que hoje em dia os instrumentos virtuais permitiram mais agilidade a gravação e qualquer pessoa com acesso a um bom computador, um controlador e um bom banco de timbres que tenha bom gosto faz chover, aliado coma infinidade de plugins de afinação, mixagem, efeitos e afins. Só que eu sinto que perdemos a referência em masterizações, onde que o violão fica sempre fechado, a bateria chega a ser insuportável, o baixo vem pastoso e empastelado e teclados, são meros efeitos quando não tem instrumentos pra fazer a função deles.
Quando tava decidido a trabalhar com produção musical comecei a estudar um cara que pra quem tem interesse na área eu recomendo muito, chama-se david foster, o cara só fez o som a época pra jeorge bensom, aretafranklin, chaca can dentre outros dessa escola, e o som dele me amarra, é atemporal. Compressores de muito bom gosto dando aquele cristal na bateria que é encorpada no espectro das frequências, um nível de reverb que não encomoda, baixo grave e presente como tem que ser, pianos quase na cara, guitarras com sutileza quando precisam e over na hora certa e o que ele faz com as vozes? é coisa de outro mundo.
Quanto afinação em potenciômetro 0, se vocês acompanham a música pop internacional, devem estar percebendo que está voltando a ser tendência uma voz mais natural, o que eu concordo muito, ninguém é 100% afinado 100% do tempo, sem falar que os caras que produzem os "sucessos brasileiros" endoideceram de uma vez, e num simples vibrato querem sair arretando a linha, isso é de um malgosto... em fim, gosto meu kk. Mas o fato é que eu gosto muito mais do que parece que esta alí, sendo feito ao vivo, pois quando você vai comparar um Henrrique e Juliano da vida verção estúdio e show ao vivo, é gritante a perda de qualidade. Não adianta fans, fiquem brabos, os caras desafinam mesmo e pronto, verdades tem que ser ditas, kk. ]
Quanto ao trabalho do Leandro vós é muito real, acompanhei o que ele fez com o rapaz que ele está mentorando, o substituto, e é muito perceptível a evolução e a segurança que ele ganhou ao cantar. Não sou aluno dele, segui algumas dicas muito simples que ele deu no canal dele em algumas ocasiões e digo pra ti, meu canto mudou da água pro vinho... Mais pra frente quando sobrar grana e se eu chego de entrar uma banda, vou lá em navegantes pra uma mentoria presencial kkk
quanto a relação voz x idade, não são poucos os exemplos de vovôs que estão distruíndo a garotada em afinação, precisão, técnica e vigor vocal. Se eu for sitar exemplos aqui vou até amanhã, mas quero dar alguns: chororó, José ríco até 2014, Emílio Santiago, George Bensom, Ton Jones, Bruce Springstin, Um cantor canadense pouco conhecido chamado Gino Vanelli, uma infinidade de gente
em fim, perdoem-me o textão, me alonguei kk